Muitas são as histórias de empresas que nasceram da necessidade do mercado, fruto de uma política comercial das montadoras que não privilegiava necessariamente a demanda por determinado tipo de produto, cancelado de uma hora para outra. Esta também é a história de Antônio Reche e da TC Chicotes: ele era dono de uma loja de auto elétrico, mas que passou a fabricar chicotes para dar conta da procura por produtos para Fusca, Kombi e Brasília, que não eram mais fabricados. A partir daí, sua trajetória como fabricante é um exemplo claro de um mercado que luta por se afirmar, mesmo quando parece ameaçado de desaparecer: hoje, a TC Chicotes fabrica cerca de 600 produtos – entre chicotes (inteiros ou em partes), conectores, terminais e demais itens de instalação elétrica para autos – linhas leve e também pesada. Leia a entrevista:
Com 25 anos de mercado, em qual momento você fez esta transição de lojista para fabricante?
Foi no momento em que os fornecedores de mercado pararam de fabricar os chicotes para alguns modelos específicos de veículos, mais antigos. Então eu – como dono de auto elétrico – tive de começar a fabricar os chicotes, para dar conta dos pedidos da clientela.
Então, não foi uma transição imediata, da noite para o dia?
Não, foi um processo. Ela nasceu de uma necessidade dos nossos clientes da época, e cresceu aproveitando este nicho de mercado, que estava vazio.
E, a partir daí…
A partir dos bons resultados com nossos clientes de loja, nós passamos a fazer produtos e os colocamos em uma primeira distribuidora, para sentir o mercado. A partir desta boa aceitação e das idéias e melhoramentos nos produtos foi que nós conseguimos nos firmar no mercado como empresa fabricante.
A empresa começou fabricando chicotes para quais tipos de veículos?
Fusca, Kombi, Brasília, Chevette (risos)…Era o que o mercado pedia, já que os fornecedores das montadoras à época haviam deixado de fabricar autopeças para modelos mais antigos, mas que ainda rodavam pelas ruas do País.
Também, hoje, um detalhe de nosso mercado de fiação elétrica para autos que vale a pena evidenciar, já que é significativo de nosso segmento: desde aquela época, você tem a dificuldade em encontrar produtos “originais”. Não tem. Quando tem é só na concessionária e, mesmo assim, ela só vende o chicote inteiro, com tudo. Nós passamos a vender “partes” do chicote porque percebemos que, muitas vezes, o instalador não precisa de tudo. Se você precisa trocar o conector de um sensor, nós vendemos. Uma fiação específica do chicote para a instalação de ar condicionado, também. Porque é inviável gastar três ou quatro mil reais para trocar um chicote inteiro, quando o defeito é apenas em uma das fiações, ou em um dos conectores. Com nosso sistema de venda em partes, o lojista consegue a reparação do chicote trocando apenas o item danificado por R$ 10, até R$ 5, o que barateia também a manutenção para o cliente de sua loja. Não tem comparação. Imagina: pegar um carro moderno como os novos, com eletrônica e tecnologia embarcada de ponta e trocar todo um chicote por um único probleminha.
Então, vale dizer que seu expertise e uma busca constante para de soluções – bem como o acompanhamento do passo tecnológico fizeram com que vocês crescessem neste mercado. Qual a estrutura da empresa, hoje?
A empresa está aqui na zona sul de São Paulo, em 1.200 m² de área construída, com cerca de 60 funcionários. Nossa linha de produção é extremamente flexível, tanto que nós fabricamos cerca de 600 produtos exclusivamente para a linha automotiva, entre chicotes inteiros e partes dele, para praticamente todos os tipos de veículos do mercado.
Linha leve e linha pesada (caminhões)?
Sim.
Qual foi o maior desafio, nestes anos todos de empresa?
Creio que foi com os chicotes para veículos com injeção eletrônica, que deixaram de ser de terminais avulsos e passaram para o sistema de conectores. Foi um grande salto da empresa em termos de desenvolvimento. Vale dizer também que nossa experiência como lojista de auto elétrico nos deu uma visão clara, que eu considero nosso diferencial: nossos produtos são feitos para facilitar a vida do instalador. Qualquer lançamento de novo produto segue esta lógica, que é a razão de ser da empresa.
Vocês nasceram de uma demanda do aftermarket (reposição) e passaram por um processo de crescimento até os dias de hoje, em que são fornecedores de sistemistas do mercado OEM (montadoras). Daqui para a frente, este caminhar da empresa vai passar por onde? Pela qualificação e pela busca constante de tecnologia e atualização, sem sombra de dúvida. Compra de equipamento (nossa linha de produção já começou esta transição para a automação), foco de negócios e resultados, tudo isso nos faz crer que o caminho é longo, mas que o mercado é promissor.
E quais os planos da empresa para 2009?
Num primeiro momento, nosso foco é marcar presença no mercado, estando presente na Automec com um stand para difundir nossa marca e nossos produtos. O mercado de reposição tem um potencial muito bom para empresas como nós, com dinâmica de atuação, flexibilidade de produção e visão estratégica. Por isso, queremos ser vistos como players sérios e focados em soluções para nosso mercado. Estamos muito otimistas apesar da turbulência da economia.
“Nós passamos a vender “partes” do chicote porque percebemos que, muitas vezes, o instalador não precisa de tudo. Se você precisa trocar o conector de um sensor, nós vendemos. “
boa noite
eu preciso do Tel da TC chicotes,pós tenho a necessidade de um chicote completo do fusca com ignição eletrônica, se poder me enviar ficarem grato.
Olá preciso de um chicote do Ford fusion 2.3 16v 2008 motor Duratec